E se lhe disséssemos que as construções de esgotos remontam à pré-história?
Sabemos que o saneamento básico e o tratamento das águas dos esgotos são fontes de bem-estar, de desenvolvimento económico, de defesa do meio ambiente e, acima de tudo, garantia de saúde pública.
No entanto, no ocidente, algumas infraestruturas básicas são tão comuns que nem nos questionamos como surgiram ou sequer pensamos como seria viver sem elas.
Já imaginou o que seria caminhar por uma das cidades europeias durante o século XVI?
Ver os mercados ao ar livre cheios de comerciantes e carroças puxadas por cavalos. No ar os aromas a pão fresco cozido, vegetais recém colhidos e, o fedor das fossas abertas próximas. O padrão de ouro dos sistemas de esgotos naqueles dias, muito percetíveis
Atualmente, tudo o que se pode ver dos esgotos são as ocasionais aberturas de rua e as grelhaspor baixo das quais se imagina que habitam tartarugas mutantes.
No entanto, as ruínas da antiga cidade de Eshnunna têm esgotos de tijolo ligados a latrinas de lavagem de água, incorporando os princípios essenciais do tratamento de esgotos moderno, que remontam a 2500 AC.
No Vale do Indo, foram encontrados esgotos ainda mais sofisticados. Tinham fossas revestidas a tijolo, semelhantes às fossas sépticas modernas e drenagens fechadas que transportavam tanto esgotos como águas pluviais para fora da antiga cidade de Mohenjo Daro.
Os persas, atenienses, macedónios e gregos também construíram sistemas de esgotos impressionantes.
Nos meados do século XIX, quando se percebeu a relação entre diversas doenças infeciosas e a inexistência de sistemas de abastecimento e saneamento de águas capazes de garantir o acesso a água potável e condições mínimas de higiene à população, desenvolveram-se esforços para construir sistemas de esgotos fechados.
Hoje, as técnicas modernas de drenagem exigem projetos pormenorizados, com postos de dispositivos coletores de águas superficiais e de transporte ou galerias e emissários, conforme sua função.
